Uma pesquisa feita em 18 países da América Latina mostrou que os brasileiros são os que mais acreditam que o país e suas famílias "caminham na direção certa".Segundo a pesquisa, 91% dos brasileiros aprovam o rumo de suas famílias e 75%, o do Brasil.
A confiança no caminho seguido pelo país, apesar de 16 pontos inferior à depositada no rumo da própria família, está bem à frente à média regional, de apenas 45%.Os chilenos vêm em segundo nesse quesito com 65% de aprovação no rumo do país. Os argentinos, por outro lado, foram os que manifestaram maior ceticismo, com apenas 19% dos que participaram da pesquisa confiantes no futuro da Argentina.
O Latinobarómetro detectou ainda uma mudança acentuada, em apenas um ano, na visão que a região tem dos EUA. Em 2009, a aprovação dos EUA alcançou o ponto mais alto desde que a pesquisa começou a ser feita, em 1997, quando esse percentual era de 65%.Em 2003, a visão positiva alcançou seu ponto mais baixo, de 55%. De 2008 para 2009, após a eleição de Barack Obama para a Presidência, a visão positiva dos Estados Unidos deu um salto de 10 pontos percentuais, passando de uma aprovação por 64% dos entrevistados para 74%.
A pesquisa abordou ainda a visão regional sobre outros países e potências. Os EUA contaram com a aprovação mais expressiva, seguidos pela Espanha (65%), o Japão e a União Europeia (ambos com 63%), o Canadá e a China (ambos com 58%) e Cuba (com 41%).A República Dominicana é o país onde a visão dos EUA é mais positiva, com 91% de aprovação entre os entrevistados.
O Brasil vem em 9º lugar, com 73% de visão positiva sobre os EUA.A Venezuela é o país com menor índice de aprovação sobre os Estados Unidos (32%), atrás da Bolívia (42%) e da Argentina (57%).A opinião dos brasileiros sobre a China é menos favorável com apenas 53% enxergando o país de forma positiva. O percentual é abaixo da média geral, de 58%.Também abaixo da média geral, de 40%, é a visão positiva que os brasileiros têm de Cuba. Apenas 38% veem o país positivamente.
A pesquisa foi feita entre 21 de setembro e 26 de outubro de 2009 pela Latinobarómetro, uma ONG com sede em Santiago, no Chile.