Determinação na redução da mortalidade materno-infantil
A mortalidade infantil é um indicador muito importante para a análise do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), em todo o Mundo, inclusive por regiões, dentro de um País e um Estado. É proveniente de dois grandes problemas: o rendimento familiar que afeta diretamente a quantidade e a qualidade da alimentação, e também as condições médico-sanitárias, como falta de pavimentação, esgoto, água tratada e condição de moradia.
Os índices sofrem variações de acordo com a renda. Mesmo em áreas pobres onde os índices são altos, as camadas sociais de maior poder aquisitivo possuem taxas inferiores, e a camada de baixa renda sempre apresenta índices maiores que a média nacional.
Para reduzir esses índices, o Brasil estabeleceu uma meta de até o ano de 2015 baixar em 15,6% as taxas de mortalidade infantil, essa é uma medida para o cumprimento de Metas do Milênio, realizada em 2000, na Declaração da Cúpula do Milênio, das Nações Unidas.
Nos últimos anos, muito já se conseguiu. Em 1990 a taxa de mortalidade no Brasil era de 4,71% e hoje é de 1,93%. Desta forma, a média nacional segue uma tendência de queda de 5,2% ao ano, quase o dobro dos 2,9% recomendados pela ONU.
Para esta redução, exige-se um trabalho árduo dos Governos Federal, Estadual e Municipal e diversas instituições que trabalham em parceria neste mesmo objetivo, a exemplo da Pastoral da Saúde, muito bem representada até a poucos dias, pela saudosa Dra. Zilda Arns.
Em Cruzeiro do Oeste, além de ações de ampliação da rede de esgotamento sanitário, pavimentação, água tratada inclusive na zona rural, programas para criação de emprego e aumento na renda familiar, e ações diferenciadas na saúde e assistência social, nosso Governo implantou o AMAI – Programa de Assistência Materno Infantil.
O AMAI tem como objetivo garantir qualidade de vida tanto para a gestante, durante e a gestação e após o parto, quanto para o recém nascido, com acompanhamento mensal até os 5 anos de idade.
O AMAI consiste em detectar as gestantes do município, inclusive aquelas que não procuram o serviço de saúde, e a partir daí, dar total assistência, como as consultas de pré-natal, orientações para os cuidados necessários, acompanhamento especializado de obstetria, psicologia, odontologia, sessões de hidroginástica com fisioterapeuta, encontros com palestras educativas para orientações de saúde, aleitamento, cursos para confecção de enxovais para o bebê, dentre outros.
Médicos pediatras contratados para ficarem exclusivamente a serviço do Programa fazem o acompanhamento mensal do recém nascido até os 5 anos de idade, com o objetivo de verificar o crescimento e desenvolvimento da criança, bem como repassar orientação de todos os procedimentos necessários para uma saúde perfeita.
O trabalho consiste também, durante e após o parto, em verificar quaisquer situações de risco, tanto da gestante quanto do recém nascido para os devidos encaminhamentos e tratamentos.
Além do trabalho preventivo do Programa, gestante e recém nascido, tem acesso de forma especial, a todos os serviços oferecidos pela saúde do município e todos os demais setores do Governo Municipal.
Nos próximos meses entrará em funcionamento a Clínica de Saúde da Mulher e da Criança, que dará ainda melhores condições para a atenção materno-infantil. (www.cruzeirodooeste.pr.gov.br)