O governo federal só enviará o projeto da CLS (Consolidação das Leis Sociais) - que o presidente Lula chama de "legado institucional" - só depois das eleições. Inspirada na Consolidação das Leis do Trabalho, de Getúlio Vargas, a CLS unificará os programas sociais e registrará em lei as regras para concessão e reajuste de benefícios à população mais pobre (como o Bolsa Família).
A CLS tornará permanentes programas como Atenção Integral à Família, distribuição de leite e restaurantes populares. Na saúde, entrarão o Brasil Sorridente, de atendimento odontológico, e o Farmácia Popular, de distribuição de medicamentos. A proposta da CLS é defendida por especialistas na área social, como o economista Marcelo Néri, da Fundação Getulio Vargas, para evitar que programas sociais sejam afetados por períodos eleitorais.