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27/05/10 00:00

Secretário-Geral da ONU defende políticas sociais do Governo Lula

Gostei muito do artigo do secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon de hoje (27) na Folha de São Paulo, onde ele defendeu a cooperação entre o Brasil e a ONU, e as políticas sociais do Governo Lula, como o Bolsa Família - o “maior programa de transferência de renda do mundo”. Ki-Moon está no país para participar do 3º Fórum da Aliança para as Civilizações, que será realizado entre hoje (27) e sábado (29) no Rio de Janeiro. Leia a seguir o artigo na íntegra.
Brasil e ONU, juntos para desenvolvimento

Ban Ki-Moon


Estou muito feliz por voltar ao Brasil, nesta segunda viagem que faço ao país como secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas). Quando estive aqui em 2007, pude aprender sobre biocombustíveis, conhecer Brasília, visitar a Amazônia e conversar com vários brasileiros sobre o futuro.


Hoje, volto para participar do 3º Fórum da Aliança para as Civilizações, que discutirá o tema "Unindo as Culturas, Construindo a Paz". A enorme riqueza cultural, rica diversidade étnica, tolerância religiosa e mistura de raças fazem do Brasil o lugar ideal para esse encontro.


Tenho certeza de que o Rio de Janeiro fornecerá o cenário perfeito para a realização do trabalho proposto, abordando um dos mais complexos desafios atuais: melhorar as relações entre as culturas, combater preconceitos e construir uma paz duradoura para todos.


O Brasil tem sido um ativo parceiro da ONU desde sua fundação, em 1945, e vem estreitando, a cada ano, os laços com a organização.


Prova disso é a ativa participação do país na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), que comanda desde 2004. Os cerca de 2.000 homens que zelam pela segurança dos cidadãos haitianos merecem nosso agradecimento.


É esse espírito de solidariedade do Brasil, presente em seu povo, que vem ajudando o país a se tornar um dos novos e ativos atores do cenário mundial. Hoje, o Brasil se destaca não somente pelo seu compromisso em atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) mas também pelo empenho em ajudar outras nações a fazê-lo.


O país tem envolvimento ativo em projetos de cooperação com nações africanas.


O sucesso do "Diálogo Brasil-África", que reuniu em Brasília 47 ministros da Agricultura africanos, com participação da ONU, é resultado dessa cooperação Sul-Sul.


Em algumas áreas, o Brasil definiu para si compromissos mais ambiciosos do que os previstos pela ONU. Comprometeu-se, por exemplo, a reduzir em três quartos a extrema pobreza, enquanto a meta definida mundialmente é de reduzi-la pela metade.


Essas metas mais avançadas são tão ambiciosas quanto realistas para um país onde governo, setor privado e sociedade civil trabalham juntos, em um contexto de diálogo cívico e democrático.


Foi com grande satisfação que recebi os dados do último Relatório Nacional de Acompanhamento dos ODM, que mostram que o Brasil será dos poucos países a atingir plenamente os oito objetivos definidos pela comunidade internacional.


O reconhecimento da diversidade e das disparidades regionais, de gênero e etnorraciais reflete o compromisso de alcançar todos os habitantes do país. Parte da redução das desigualdades é consequência direta dos programas sociais e de políticas públicas universais lançadas pelo governo.


O Bolsa Família, maior programa de transferência de renda do mundo, responsável por esse sucesso, tem sido reconhecido internacionalmente. Acredito que o maior desafio do país nos próximos anos será transformar os ODM em realidade efetiva para todos os brasileiros.


Enfrentar esse desafio exige um esforço concertado entre o governo e a sociedade civil e a consolidação, como objetivos de Estado, da agenda civilizatória e de direitos humanos contida nos ODM. O Brasil dispõe de capacidades, recursos e poder de inovação para fazê-lo. Estamos trabalhando para apoiar todos os atores que se dedicam a essa difícil tarefa. Do êxito desse esforço dependem os mais vulneráveis e as gerações futuras.


Assin como a ONU conta com o Brasil como importante parceiro internacional, o Brasil e os brasileiros podem contar com a ONU.

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