Neste domingo, 12, mais de 1,5 mil pessoas lotaram as Ruínas de São Francisco, no Largo da Ordem, para assistir os shows de 11 bandas e cinco poetas da campanha pela reabertura da Pedreira Paulo Leminski. "Foi uma prova de que, nós curitibanos, precisamos e queremos cultura e apresentações na cidade, na rua, em qualquer lugar. E a Pedreira, sendo um espaço público, um dos maiores símbolos culturais de Curitiba, não pode mais ficar fechada”, afirma o vereador Jonny Stica (PT), um dos idealizadores da campanha.
Jonny Stica se diz confiante num acordo que regulamente a volta dos eventos ao local. "Estamos na fase pericial no momento. Mas tanto os moradores do entorno quanto os produtores já concordaram numa regulamentação para que ninguém seja prejudicado com a volta dos shows”, revela.
Toda a produção do evento – realizada por integrantes da campanha – foi bancada através do apoio de produtores da cidade, bares, casas noturnas e artistas curitibanos. Os músicos, por exemplo, não cobraram cachê para se apresentar. “É uma causa em prol da cidade. Toda a cadeia de produção musical em Curitiba sofreu com o fechamento da Pedreira. É hora de recolocar a cidade no mapa dos grandes eventos”, conta Igor Cordeiro, vocalista da banda Supercolor. “Além disso, eventos como os deste domingo, em um espaço público e gratuito, ajudam em outra deficiência da cidade, que é a formação de platéia”, avalia.
Apresentaram-se no show as bandas Jacobloco, Loudog, R3, Supercolor, Gentileza, Anacrônica, Rosie and me e Djambi, além dos músicos Pablo Portes, Fabio Elias e Rodrigo Lemos, além de uma palhinha de Saul do Trompete.
“É emocionante ver tanta gente reunida pedindo a volta de um espaço que ostenta o nome de um dos maiores artistas que Curitiba já teve”, diz o cartunista Solda, um dos maiores parceiros que Paulo Leminski teve.