No mesmo dia (essa 5ª feira) em que o governo divulgou o último balanço deste ano do PAC - e relativo aos últimos quatro anos - o PSDB, pela voz de seu líder na Câmara, deputado João Almeida (BA) retoma o velho discurso de negar o óbvio e diz que o programa é uma "mentira" e uma "fantasia". Retórica tucana, de resto, já muito explorada sem o menor sucesso, na recente campanha eleitoral por seu candidato derrotado a presidente, José Serra (PSDB-DEM-PPS).
A oposição, PSDB à frente, podia ter escolhido melhor porta-voz, com mais legitimidade para retrucar o balanço do programa. O PAC foi aprovado pelos brasileiros ao elegerem a presidenta Dilma Rousseff (coordenadora nacional do programa) e pelo extraordinário apoio e aprovação populares conferidos ao presidente Lula - acima dos 83% atestados por unanimidade por todas as pesquisas de opinião.
Já o deputado João Almeida não foi reeleito e isso explica tudo. Não vingou esse seu discurso. Foi cassado nas urnas pelo povo baiano que lhe deu cartão vermelho recusando-se a tê-lo de volta à Câmara.
Execução do PAC é uma realidade
Ao contrário do que disse a oposição por seu porta-voz, o PAC é uma realidade e têm objetivos claros: realiza sim, obras de infraestrutura econômica - nas áreas de energia, petróleo e gás, portos, rodovias, ferrovias, aeroportos - e de infraestrutura social - nos setores de saneamento, habitação, transportes, lazer, cultura e esportes.
Desenvolve-se, sim, concretamente, dentro de uma estratégia de desenvolvimento nacional que está em plena execução não somente na parte de obras, mas de programas de fundo econômico e social. É um dos principais braços da implementação do projeto de desenvolvimento nacional elaborado e adotado pelo governo do presidente Lula - projeto que os governos tucanos nunca tiveram e contra o qual travam luta política.
Aliás, esse é o principal diferencial entre os governos Lula e Fernando Henrique Cardoso. Temos um projeto de desenvolvimento nacional, com objetivos a médio e longo prazo que inclui - até como seus principais pontos - a política industrial, a distribuição de renda, a ampliação do mercado interno, e a reforma do Estado, tudo aquilo que os governos FHC não tinham, combateram (e combatem) ou sucatearam.
Governo Lula tem um projeto, ao contrário do tucanato
É um projeto de desenvolvimento nacional claro, que promove, também, o resgate dos bancos públicos como instituições de fomento, com sua ação articulada com as políticas do governo, com o novo papel dos fundos de pensão, a nova regulação do pré-sal, a integração continental sulamericana e uma dinâmica política externa e comercial.
Como vemos não apenas estabilizamos a economia como controlamos a inflação, saneamos as dívidas externa e interna, e fizemos o pais crescer (podemos chegar até a 8% de crescimento do PIB este ano) gerando mais de 14 milhões de empregos e distribuindo renda.
Essa é a diferença fundamental, que os sem-voto, deputado João Almeida, seu PSDB e a oposição de quem ele foi porta-voz nessa análise contra o PAC fazem questão de esconder com retórica e frases feitas.