Amanhã o tucano José Serra desembarcará no Paraná. Pretende fazer campanha nos municípios de Maringá e Ponta Grossa. Tudo bem, está no direito democrático dele.
Agora, é incrível a vocação de algumas lideranças paranaenses para o papel de vira-latas dos paulistas.
Agindo como capachos provincianos, partidários do candidato do PSDB no estado “esqueceram” que o presidenciável foi o carrasco de todos os paranaenses, na Constituinte de 88, ao aprovar uma emenda que retirou anualmente R$ 1,5 bilhão de Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Tem gente que desfila hoje de braços dados com José Serra pela terrinha das araucárias, mas ainda no começo deste ano o amaldiçoava pelos royalties surrupiados dos 399 municípios paranaenses.
Na qualidade de maior produtor de energia do país, com a Lei Serra, o Paraná deixou de cobrar o ICMS. O recolhimento do imposto passou a ser feito no consumo.
O estado de São Paulo, origem de Serra, é o maior consumidor de energia do país. “Coincidentemente”, é quem fica com o dinheiro retirado dos paranaenses.
As escolas, os hospitais, as estradas, o aumento salarial ao funcionalismo que faltam estão intrinsecamente ligados à atuação do presidenciável tucano contra o Paraná na Constituinte de 88.
A título de curiosidade, sugiro aos maringaenses e aos pontagrossenses que deem uma espiadela acerca das perdas que seus respectivos municípios tiveram nos últimos 22 anos com a malfada Lei Serra.