O PT formalizou pedido para que o Ministério Público abra investigação contra Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, ex-diretor de engenharia da empresa Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) sobre o desaparecimento de R$ 4 milhões. A representação do PT traz indícios de que o engenheiro, ex-arrecadador financeiro de campanha do PSDB, recebia propina da construtora. O dinheiro público estaria sendo desviado para a campanha de José Serra (PSDB).
De acordo com o deputado estadual Antônio Mentor (PT), o dinheiro foi desviado dos contratos com empreiteiras das obras do Rodoanel e Marginal Tietê, que custaram aproximadamente R$ 6,5 bilhões. O PT representou também à Procuradoria-Geral de Justiça um pedido de inquérito para investigar suposto tráfico de influência praticado pela advogada Priscila Arana de Souza, filha de Paulo Preto.
“Vamos investigar o tráfico de influência do escritório de advocacia que representa as empreiteiras junto à Dersa, porque a filha do Paulo Vieira trabalha desde 2006 em um escritório de advocacia que representa as empreiteiras que prestam serviços na construção da Marginal Tietê e do Rodoanel. Há uma relação absolutamente impetuosa, um tráfico de influência visível que trouxe privilégios visíveis para essas empresas e danos ao interesse público.”
Mentor também afirma que a postura agressiva do candidato José Serra ao ser questionado sobre o assunto por jornalista indica que há irregularidades.
“O senhor Paulo Vieira vale R$ 6,5 bilhões. Eles sabem o significado que esta denúncia tem. A investigação vai mostrar as irregularidades que existe no governo Serra e que sempre são acobertadas. Mas neste momento há possibilidades de serem evidenciadas. De fato será mostrado ao povo brasileiro o que é o governo do PSDB.
Paulo Vieira também foi citado no inquérito da Operação Castelo de Areia, porque seu nome aparece em uma série de documentos apreendidos pela Polícia Federal.