Temos que comemorar, e muito, o levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) que mostra a diminuição do medo do desemprego por parte dos brasileiros. A taxa (de medo) do mês passado foi a menor desde 1996 e está hoje em 81,1 pontos (quanto menor a pontuação, maior a confiança na manutenção do emprego).
Todos sabem o que o fantasma da falta de emprego significou neste país durante os anos FHC/Serra, quando atingimos taxas altíssimas de desemprego. Por isso, saber hoje que no mês passado (setembro), 55% dos brasileiros, mais da metade da nossa população, não temiam ficar desempregados e que apenas 30% admitiam ter pouco medo, é muito gratificante.
A segurança manifestada pela sociedade brasileira é o resultado imediato de um governo que se preocupou com o trabalhador, gerou 14 milhões de empregos formais no país, investiu no aumento do salário mínimo e da renda da população.
Diante dos números
A título de comparação - e a pedido de muitos de vocês - lembro as taxas de desemprego de alguns anos do tucanato de FHC. Os dados são do DIEESE, já conhecidos, e correspondem à Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED). Eles nos possibilitam comparar a curva do desemprego durante o governo dos tucanos e o nosso.
Observem a queda do desemprego a partir de 2003, quando assumimos o governo sob uma campanha ferrenha da oposição quanto ao chamado "risco Brasil". E detalhe: não vale mais eles se desculparem com o pretexto da conjuntura externa, porque nós, no segundo governo Lula, passamos pela pior crise financeira mundial entre 2008/2009:
Taxa de desemprego total
Regiões metropolitanas e Distrito Federal (1998 a 2009)
1998 - 18,7%
1999 - 20,2%
2000 - 18,7%
2001 - 18,8%
2002 - 19,5%
2003 - 20,8%
2004 - 19,6%
2005 - 17,9%
2006 - 16,8%
2007 - 15,5%
2008 - 14,1%
2009 - 14,2%
Fonte: Convênio Dieese - Seade; MTE-FAT e convênios regionais.
Os números acima explicam os motivos pelos quais hoje, a maioria da população brasileira não teme mais ficar desempregada. Será mesmo que alguém realmente deseja voltar ao país do medo e do desemprego?