Vamos vencer no primeiro turno, por Zeca Dirceu

Vamos vencer no primeiro turno

Zeca Dirceu

O comportamento da chamada grande imprensa campanha eleitoral à presidência da República chegou às raias do limite. Segundo o teólogo Leonardo Boff o que está ocorrendo já não é um enfrentamento de idéias e interpretações nem o uso legitimo da liberdade de imprensa.

Para ele a imprensa brasileira “resolveu mover uma guerra contra o presidente Lula e a candidata Dilma Roussef e nesta guerra vale tudo: o factóide, a distorção e ocultação de fatos; a mentira direta”.

No outro texto, o historiador Vinicius Wu pergunta por que a mídia e a oposição resolveram jogar sujo? Para ele, ambos não compreenderam que o país entrou em um novo período histórico e desta forma correm o risco de ficar falando sozinhos.

De fato, os fatos surpreendem qualquer observador atento. À medida que a candidata Dilma crescia nas pesquisas de opinião pública, a oposição, fomentada por grande parte da imprensa, impregnou o país com um festival de mentiras e calúnias. As revistas semanais, notadamente Veja, além dos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, traziam manchetes mentirosas na tentativa de macular a imagem da ex-ministra.

Pela internet, multiplicaram-se de maneira exponencial os vídeos e mensagens apócrifas com conteúdos falsos. De fato, instaurou-se a guerra do vale tudo.

As razões são compreensíveis. Dentre elas a derrota anunciada do candidato tucano. Mas o que não se justifica são as atitudes de homens públicos e principalmente, de setores da imprensa que têm a responsabilidade de informar e formar a opinião nacional.

Aliás, o grande temor desses profissionais é justamente pelo fato da sociedade não ser mais teleguiada como massa de manobra. A escolha dos dirigentes não se dá mais pelo personalismo, pela imposição goela abaixo das elites e muito pela força de um coronelismo retrógrado. Os brasileiros estão votando nestas eleições no seu futuro, de sua família, de seus filhos, enfim, no futuro do país.

A resposta virá no próximo domingo, 3 de outubro, quando milhões de eleitores vão encerrar o processo eleitoral sem segundo turno com a vitória de Dilma Roussef.

As pesquisas, apesar da tentativa de manipulação por parte de alguns institutos ligados a empresas jornalísticas, demonstram que a ex-ministra está à frente.

Mas é preciso que todos fiquemos atentos e saiamos para as ruas buscar cada voto possível.  O projeto de oito anos do presidente não pode se perder pela falsa ilusão de um partido sem proposta; de um candidato sem projetos, sem discurso e que apenas encarna um modelo retrogrado que a sociedade vai enterrar definitivamente nestas eleições.

A democracia pressupõe o embate de idéias e propostas, onde todos são livres e soberanos nas suas opiniões e opções. O Brasil nunca respirou tanta democracia e liberdade como no governo do presidente Lula.

É importante que cada cidadão, que cada eleitor se pergunte que país sonhamos e queremos para os nossos filhos e netos. Um Brasil retrógrado, voltado aos interesses da especulação financeira e marcado pelo desemprego ou o Brasil que a nossa geração “nunca tinha visto antes”.

Vamos eleger Dilma Rousseff para presidente e Osmar Dias para governador do Paraná.