"Em política a gente não vota pela cara, mas pela história. Este homem tem história, tem compromisso. Por isso temos quase uma obrigação moral e ética de eleger Osmar governador do Paraná”. Foi assim que o presidente Lula encerrou seu discurso no comício realizado na noite de quarta-feira (22), em Curitiba, em favor da eleição do candidato Osmar Dias. Lula alertou os mais de 20 mil eleitores presentes ao evento, no Sítio Cercado, que estão em jogo dois projetos de Brasil e de Paraná: o da soberania nacional, defendido por Osmar e Dilma, e o das privatizações, de FHC e do PSDB.
“Ganharam as eleições e depois chegaram à conclusão de que não sabiam governar. Era preciso privatizar estradas, portos, ferrovias, bancos, quase tudo neste país porque eles achavam que o mercado por si só iria resolver o problema da sociedade”, criticou.
O outro projeto, de Osmar e Dilma Rousseff (candidata do PT à presidência), pensa no povo trabalhador, nos projetos sociais e em um país soberano. “O projeto que está em jogo é o de quem quer construir um país soberano, desenvolvido, gerador de empregos. Estamos mostrando que este país tem que ter autoestima. Hoje, o Brasil é motivo de orgulho”, disse Lula, ao lembrar o interesse de privatização da Petrobras.
O presidente citou avanços em seu governo e disse que não existe desenvolvimento sem investimentos na educação, das creches às universidades, na ciência e tecnologia e na geração de empregos. “É isto que representa Dilma, Osmar, Requião e Gleisi: a mudança definitiva no país”, afirmou, sob muitos aplausos da plateia.
O caminho traçado pelo governo federal, e que terá continuidade com Dilma e Osmar, representa a real democracia, ao contrário do projeto dos tucanos, conforme avaliou Lula. “Para eles, democracia era bom naquele tempo em que podíamos nos reunir em praça pública apenas para gritar que estávamos com fome. Para nós, democracia é comer, estudar, trabalhar, ter acesso a cultura e lazer. É isto que incomoda”, disse o presidente, lembrando que foi este projeto que tirou 36 milhões de pessoas da miséria e elevar outros 28 milhões de classe.