Mais investimentos em infraestrutura é uma tônica constante nas proposttas apresentadas por Zeca Dirceu, candidato a deputado federal pelo PT. Entre as propostas, está a duplicação da PR 323, no trecho entre Maringá e Guaíra. “Além das rodovias que precisam de duplicação, o Paraná tem problemas para resolver na questão de portos e aeroportos e também da intermodalidade dos transportes, com mais investimentos em hidrovias e ferrovias”, afirma Zeca Dirceu.
A rodovia PR-323 tem cerca de 210 quilômetros, de Maringá até Iporã, passando por Paiçandu, Cianorte, Tapejara, Cruzeiro do Oeste, Umuarama, Perobal e Cafezal do Sul. De Iporã até Guaíra passa a ser rodovia federal e recebe o nome de BR-272, num raio de 60 quilômetros.Em 2008, o volume de tráfego variava de 15 mil a 20 mil veículos por dia próximo a Maringá, 9 mil veículos/dia até Umuarama e aproximadamente 3 mil veículos/dia nas proximidades de Guaíra. Estima-se que esses números cresceram muito desde que o estudo foi apresentado. A rodovia tornou-se rota muito acessada.
Zeca Dirceu já assumiu o compromisso de assinar documento, proposto pela Comissão Permanente pela Duplicação da PR 323 (Copedu), que unirá todos aqueles que apoiam incondicionalmente a melhoria da malha viária. “Afinal, é um trecho com grande volume de tráfego e a duplicação irá diminuir consideravelmente o número de acidentes registrados na rodovia”, analisa Zeca.
Na avaliação dele, o Paraná tem muito para avançar em termos de transporte, sobretudo no intermodal, envolvendo várias modalidades de transporte. “Isso facilitaria muito o escoamento da nossa safra, pois há lugares que o mais indicado é o uso de caminhões, enquanto que em outros casos a melhor opção é o uso de um terminal ferroviário. Mas, para isso, precisamos que nossas rodovias e ferrovias tenham melhores condições”, completa.
De acordo com Zeca Dirceu, os investimentos nos aeroportos é um dos gargalos a ser transposto. “Embora, haja uma ótima notícia para o Aeroporto Afonso Pena, que deve receber mais de R$ 70 milhões em investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) por conta da Copa de 2014, que deve ser realizada em Curitiba”, lembra.
Para Zeca Dirceu os investimentos também devem ser feitos nos pequenos aeroportos espalhados por todo o Paraná. “Pois, só assim teremos melhores condições de transporte, não só por via terrestre, mas também aéreo”, justifica.
O candidato também defende investimento nos Portos de Paranaguá e Antonina, inclusive maior uso do transporte marítimo. “O uso de hidrovias para o transporte de cargas seria muito barato, além de ser menos poluente. Para algumas empresas pode parecer mais vantajoso usar apenas caminhões no transporte da carga, ao invés de aliar aos meios de transporte fluvial e o rodoviário. Entretanto, quando as estradas ficarem congestionadas e as cargas chegarem a um volume muito grande, elas terão de usar as hidrovias”, avalia.
“O transporte por hidrovias também pode representar uma redução nos gastos com transporte. Portanto, o meio pode ser ainda mais barato”, conclui.
EQUIPAMENTOS - O Porto de Antonina dará inicio nesta semana a montagem de um novo guindaste multifuncional para carga e descarga de mercadorias. Com capacidade para movimentar 104 toneladas de produtos diversos, cerca de 25 toneladas de grãos por vez e até 34 contêineres por hora, o equipamento deve dobrar a velocidade das operações e reduzir pela metade o tempo em que os navios ficam atracados no terminal.
A aquisição faz parte do Programa de Investimentos do Terminal Portuário da Ponta do Félix, empresa privada que tem concessão para realizar movimentações em Antonina, conforme acordo com a Administração dos Portos Públicos do Paraná. O modelo de terra Mobile Harbor Crane (também conhecido como MHC), de última geração, é fabricado pela empresa suíça Liebherr e custou aproximadamente R$ 12 milhões.
Além do guindaste, o Terminal Ponta do Felix recebeu novas empilhadeiras e pás carregadeiras. Até o fim de 2010, o porto de Antonina contará com um novo armazém multicargas, com capacidade para 17 mil toneladas de grãos e um pátio de armazenagem de contêineres vazios. A Administração dos Portos do Paraná realiza, ainda, estudos viabilidade, em conjunto com a Agência Nacional de Transporte Aquaviário, para instalações futuras de indústrias ligadas a exploração do petróleo da camada Pré-Sal.