Luta pela reforma agrária é luta para acabar com a fome e produzir comida ao povo brasileiro, diz Zeca Dirceu

Neste sábado (8) em Cascavel no ato de conquista do Assentamento Resistência Camponesa para mais de 70 famílias, o deputado Zeca Dirceu (PT) disse que a luta pela reforma agrária no país é a luta para acabar com a fome e produzir comida a um preço justo e barato ao povo brasileiro.

O assentamento faz parte do programa Terra da Gente do Incra que comprou 479,1 hectares da Fazenda São Domingos em Cascavel por R$ 64,8 milhões. "Cada um de nós, temos o desafio agora de produzir comida, com preço justo para o agricultor e para a agricultora, mas também com preço justo para quem está lá na ponta, muitas vezes vivendo na dificuldade de uma conta que não fecha no final do mês", disse Zeca Dirceu ao anunciar uma emenda parlamentar de R$ 2 milhões para o Incra fazer o georreferenciamento de imóveis rurais no Paraná.

Zeca Dirceu citou o compromisso do governo do presidente Lula (PT) com a reforma agrária e a capacidade da agricultura familiar na produção de alimentos no país. "Ninguém mais do que vocês tem essa capacidade. Ninguém mais do que vocês, cada um dos assentamentos, a agricultura camponesa, agricultura familiar, o pequeno produtor, tem essa condição de produzir pensando na sua sobrevivência, pensando na renda, no lucro, mas também com o compromisso social".

Apoio da Itaipu

O deputado também destacou o apoio da Itaipu Binacional, na missão determinada pelo presidente Lula (PT), à agricultura familiar e aos assentamentos no Paraná. "Além de assistência técnica e extensão rural, apoio à gestão, comercialização, melhoria e aumento da produção de quem coloca comida no prato do brasileiro. É mais um exemplo do governo do presidente Lula à compressão e a importância da luta dos sem terra", disse.

Em 2004, lembrou Zeca Dirceu, a Itaipu assinou convênio no valor de R$ 80 milhões que está atendendo 3,5 mil famílias da agricultura familiar no Paraná, organizadas em 31 cooperativas e associações.  "E neste ano, agora em janeiro, um novo convênio de assistência técnica e extensão rural que vai atender, a partir de abril, cinco mil famílias da agricultura familiar voltadas à produção de alimentos orgânicos e à agroecologia".

"São ações concretas, entregas e resultados que vocês merecem e o Brasil. Estamos reafirmando o compromisso de continuar insistindo, de continuar brigando, de continuar reclamando, para que de fato as ações do governo sejam mais amplas e aconteçam de maneira mais rápida. É desta forma que anuncio esta emenda ao orçamento deste ano. São R$ 2 milhões para o Incra fazer o georreferenciamento de propriedades para que vocês possam ter a condição plena de trabalhar, de produzir e de desenvolver cada uma das regiões do Paraná", completou.

O georreferenciamento, segundo o deputado, é um trabalho para infraestrutura dos assentamentos. Nele, são atualizados a situação das ocupações, corrige problemas de divisas, resolve conflitos recorrentes, além de definir e demarcar os perímetros dos lotes com coordenadas precisas. 

Presença

Na plenária de 600 trabalhadores rurais do Assentamento Resistência, participaram os líderes do MST, João Pedro Stedile e José Damasceno; as deputadas Gleisi Hoffmann (presidente nacional do PT) e Luciana Rafagnin (PT); o deputado Professor Lemos; o superintendente do Incra do Paraná, Nilton Bezerra; Luiz Rodrigues de Oliveira, do Incra Nacional; Jéssica Leite Silva, do MInistério de Desenvolvimento e Assistência Social; o prefeito de Cascavel, Renato Silva (PL); o presidente do PT de Cascavel, Roberto Americano; vereadora de Cascavel, Bia Alcântara (PT); e o diretor de Coordenação da Itaipu Binacional, Carlos Carboni.