A nova da Unila em Foz do Iguaçu integra as novas obras do Novo PAC das Universidades e dos Hospitais Universitários anunciado nesta segunda-feira, 10, em Brasília, pelo presidente Lula (PT) e pelo ministro Camilo Santana (Educação) e que prevê R$ 5,5 bilhões em investimentos. "É mais um compromisso do presidente Lula que está sendo alcançado. Estive com o presidente por duas vezes em Foz do Iguaçu e ele reagiu com indignação com a paralisação das obras da sede da Unila", disse o deputado federal Zeca Dirceu (PT).
Zeca Dirceu disse que as obras na Unila compõe os investimentos já anunciados por Lula no ensino superior paranaense e que inclui a implantação de unidades do IFPR nas cidades de Araucária, Cambé, Cianorte, Maringá e Toledo - entre mais 20 campus previstos -, a retomada dos orçamentos das universidades federais e a implantação de hospitais universitários, o que pode incluir a federalização do hospital municipal de Foz do Iguaçu.
"A atenção de Lula com o ensino público superior é sem precedentes na história do Brasil. São filhos de porteiros, garis e trabalhadoras domésticas com acesso a cursos de medicina, engenharias, inovação, tecnologias e humanas. Além disso, as universidades e os institutos federais são vetores de desenvolvimento do país porque formam cientistas, pesquisadores, profissionais de ponta e cidadãos críticos e conscientes da sua importância de construir o futuro do país", completa Zeca Dirceu.
O Novo PAC das Universidades terá o montante de R$ 750 milhões para a retomada das obras da Universidade Federal da Integração Latino-Americana. "A Unila depois de muito tempo parada e eu fico muito triste porque achei que universidade não parava nunca. E depois que voltei à presidência, eu vi que a Unila estava como deixamos, ou seja, não aconteceu nada. E para refazer o projeto é mais caro porque tem que fazer estudo para ver se o prédio está apto, se precisa fazer uma coisa nova", disse Lula ao anunciar que a cidade de Baturité (CE) vai ter uma extensão da universidade.
Integração
O projeto da sede da Unila foi um dos últimos de Oscar Niemeyer com mais de 60 mil metros quadrados para o campus que fica dentro da área de abrangência da Itaipu Binacional. A obra foi abandonada em 2014 e a retomada da construção conta com apoio da binacional.
Criado em 2010 por Lula, a universidade tem sete mil alunos matriculados em 29 cursos de graduação e 12 programas de pós-graduação, além de 900 servidores, entre professores e técnicos. Planejada para receber 50% de estudantes estrangeiros, a Unila tem hoje 2,5 mil estudantes de 39 nacionalidades de países como Paraguai, Colômbia, Haiti, Peru, Venezuela, China, Líbano, além do continente europeu.
Investimentos
Dos R$ 5,5 bilhões do Novo PAC das Universidades, mais de R$ 3,77 bilhões serão investidos na implantação de 10 novos campi universitários nas cinco regiões do país e R$ 1,75 bilhão destinado aos hospitais universitários. O governo federal prevê ainda a construção de novos refeitórios, moradias, centros de referência e de convivência e garante R$ 60 milhões para implantação de cada novo campus. Deste valor, R$ 50 milhões destinados às obras e R$ 10 milhões para aquisição de equipamentos.
A ampliação das estruturas universitárias inclui a construção de blocos de salas de aula, laboratórios, bibliotecas, auditórios e complexos esportivos e culturais. No total, são R$ 3,17 bilhões para 338 obras para todas as 69 universidades federais – 223 são novas obras, além da retomada de 95 e a conclusão de 20 que já estão em andamento. Mais de um milhão de estudantes universitários serão atendidos.
Nesta etapa do programa, as universidades de todas as regiões do país estão contempladas: Centro-Oeste – R$ 205 milhões (35 obras); Norte – R$ 271 milhões (51 obras); R$ Sudeste - R$ 815 milhões (76 obras); Nordeste – R$ 808 milhões (117 obras); Sul – R$ 322 milhões (58 obras).
Hospitais
Para a expansão, as universidades federais terão dez novos campi, com investimento total de R$ 600 milhões, que totalizam 28 mil novas vagas para estudantes de graduação, em todas as regiões brasileiras. Cada novo campus vai ofertar seis novos cursos, com 2.800 novas vagas na graduação, estrutura de laboratórios, salas de aula, biblioteca, administração, restaurante e urbanização.
Além dos R$ 3,7 bilhões anunciados pelo programa em 2023, será destinado R$ 1,5 bilhão para estruturação dos hospitais universitários da Rede Ebserh/MEC e mais R$ 250 milhões para hospitais universitários. São 37 obras em 31 hospitais (cinco deles na região sul), das quais 24 são de consolidação de hospitais universitários existentes.
(com informações do Ministério da Educação)