Usina do Xisto no Paraná não será mais vendida, aponta Zeca Dirceu

A Usina do Xisto em São Mateus do Sul no Paraná não será mais vendida pela Petrobras, disse nesta quarta-feira, 12, o deputado federal Zeca Dirceu (PR), líder do PT na Câmara. "Como a Petrobras sofreu um calote do comprador, o contrato foi quebrado, a operação de venda da usina foi suspensa e agora temos base jurídica para não mais privatizá-la", disse Zeca Dirceu.

"A Petrobras já tem o pedido dos trabalhadores pela retomada da produção da fábrica de fertilizantes e também vai ampliar a produção de diesel na Refinaria Getúlio Vargas em Araucária num investimento de R$ 2,9 bilhões. São medidas que vem fortalecer novamente a matriz energética do país, o que vai reduzir o preço dos combustíveis e produzir insumos importantes ao setor produtivo e para economia brasileira",  completou o deputado.

No caso do xisto, a Petrobras comunicou a suspensão do processo de venda ao Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina, que questionou a paralisação da operação da usina. A refinaria estava parada desde maio para manutenção e deveria ter voltado a operação na quinta-feira (6), o que não ocorreu.

A venda acertada pelo governo anterior estava condicionada à manutenção e a operação da usina pela Petrobras, o que demandaria custos aos compradores (Banco Forbes & Manhattan do Canadá) que não demonstraram capacidade ou interesse em honrá-los. Desta forma, a petroleira brasileira paralisou os serviços, mas garantiu o pagamento dos salários aos trabalhadores da usina.

O coordenador da Federação Única dos Petroleiros, Deyvid Bacelar, estima que a Petrobras levou um calote de cerca de R$ 140 milhões e que a venda da refinaria no Paraná na bacia das almas demonstrou a incapacidade financeira e operacional do banco comprador.