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03/04/23 21:00

Zeca Dirceu concorda com suspensão do ensino médio proposto pelo governo Temer

"Uma decisão acertada, coerente e que vai ao encontro da defesa dos estudantes e professores por uma educação pública de qualidade e que apoie os estudantes vulneráveis através bolsa permanência e de alimentação", disse nesta segunda-feira, 3, o deputado federal Zeca Dirceu em relação a decisão do governo Lula em suspender a implantação do novo ensino médio.

Uma portaria do Ministério deve ser publicada nos próximos dias com a interrupção do prazo de implementação do modelo e que também vai sustar as mudanças no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) previstas para 2024. "Não podemos ter um ensino médio excludente. Um estudante vulnerável deve ter as mesmas condições de formação no ensino médio para cursar medicina, engenharias, e os cursos de tecnologias de informação", pondera o deputado.

"Esse debate precisa ser ampliado. Não se pode definir que os estudantes de determinado segmento social só possam fazer os cursos de humanas, por exemplo. Esse chamado itinerário formativo é um retrocesso. Lula no seu primeiro governo criou o sistema de cotas etno-raciais e sociais e temos que avançar mais ainda, evitando a evasão escolar e garantir a permanência no ensino médio".

Além disso, o deputado defendeu o diálogo com a sociedade civil a respeito do tema. "Devemos aprofundar os estudos e debates juntamente com a sociedade civil que luta por educação pública de qualidade, e, se for necessário ampliar a duração da suspensão para aprimorar o projeto do ensino médio", completou. 

Sem estrutura

O Enem também estava mudando para se adequar ao modelo proposto pelo governo anterior. O Enem é a principal porta de entrada para o ensino superior público no país. O novo modelo ficará suspenso enquanto perdurar o prazo da consulta pública, o que na prática só deve ocorrer em 2024. 

O modelo aprovado em 2017, a partir de medida provisória, prevê a organização da grade horária em duas partes. Assim, 60% da carga horária dos três anos é comum a todos os estudantes, com as disciplinas regulares. Os outros 40% são destinados às disciplinas optativas dentro de grandes áreas do conhecimento, os chamados itinerários formativos. O número de horas anuais obrigatórias passa de 800 para ao menos 1.000, ou de quatro para cinco horas diárias.

Desde o início deste ano, estudantes, professores e especialistas da área defendem a revogação do modelo. Por falta de professores, espaço físico, laboratórios e turmas lotadas, as escolas não conseguem atender a opção feita por todos os alunos e acabam por colocá-los para cursar os itinerários disponíveis.

Sete milhões de estudantes foram impactados com a política, a maioria deles (85%) estão matriculados em escolas das redes estaduais de ensino.

(com informações da Folha de S. Paulo)

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