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11/09/22 10:00

Zeca Dirceu destaca mobilização nacional para salvar a educação pública do País

O deputado federal Zeca Dirceu (PT) destacou neste sábado, 10, a mobilização de estudantes, professores e trabalhadores para salvar a educação pública do país e denunciar cortes sistemáticos no orçamento do MEC (Ministério da Educação), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e das universidades e institutos federais. "Essa iniciativa me deixa muito entusiasmado porque é uma luta ampla que se estende por todos os estados. Todos sabemos que a educação é a principal ferramenta para transformar a vida de uma pessoa", disse Zeca Dirceu, membro titular do Ministério da Educação desde 2011.

Zeca Dirceu participou de uma live do Grupo Praxis, articulado há quatro meses por estudantes, professores e técnicos administrativos de 37 universidades do Paraná, Santa Catarina e São Paulo, que  faz defesa, resistência e denunciam o desmonte da educação e o retrocesso do atual governo na área. "Nada justifica os cortes no orçamento, a não ser a certeza que temos que Bolsonaro escolheu a educação como principal inimiga do seu governo", disse o deputado federal.

Participaram do debate a professora Ana Cristina Juvenal da Cruz e o professor Vilmar Debona."Podemos chamar de desmonte, mas acredito que seja uma palavra até carinhosa. A realidade que vivemos é de destruição, sucateamento, cortes, ameaças e perseguição mesmo", disse Debona.

Defesa da educação - "É importante destacar a palavra defesa. A educação e as universidades em particular foram as primeiras a serem brutalmente atacadas. Nunca na história da educação brasileira, vivenciamos algo dessa natureza", disse Ana Cristina.  

O deputado federal disse na live que os dados do próprio Ministério da Economia apontam a escalada na destruição dos orçamentos nas áreas de educação, de ciência e tecnologia e dos programas de pesquisas. "O país perdeu a capacidade de avançar, de desenvolvimento, da criação de empregos e por isso que amarga números tão ruins na economia". 

Esse processo, segundo Zeca Dirceu, vem antes da pandemia. "O Brasil já perdia o controle da inflação e o desemprego crescia para dois dígitos. Por outro lado, os números do Ministério da Economia mostraram que a arrecadação só cresceu. A arrecadação está batendo recorde. E do último ano para cá, aumentou 17%".

Em julho deste ano, a arrecadação ficou em R$ 202,6 bilhões entre recolhimento de impostos e contribuições. Esse é o melhor resultado para toda a série histórica do mês, iniciada em 1995 "O que isso prova? Que dinheiro tem? Estamos retrocedendo na educação porque o governo Bolsonaro escolheu a educação como inimigo. No Brasil de 2003 a 2015, a educação estava construindo creches, implantando novas universidades, criando programas de bolsa, de extensão, de pesquisa, criando o Fies". 

Cotas - Ana Cristina, Vilmar Debona e Zeca Dirceu apontaram ainda o avanço no acesso ao ensino superior, através do sistema cotas de segmentos historicamente excluídos. "Negros, indíos e pobres hoje são engenheiros, médicos, pesquisadores, professores, doutores. As universidades, principalmente as públicas, deixaram de ser espaço somente de ricos e poderosos. Isso deixa Bolsonaro muito contrariado".

"O método de governo Bolsonaro é o ódio, a ameaça e a violência. E as universidades estão no lado oposto. São espaços  de construção de uma sociedade de plena cidadania. Nós temos dois bons exemplos, que é a Unila em Foz do Iguaçu e a Universidade Fronteira Sul, partilhada entre o Paraná, Santa Catarina e o Rio Grande do Sul, ambas criadas no governo Lula",

Segundo dados do relatório do Observatório do Conhecimento, os gastos discricionários da educação superior no Brasil eram de R$ 14,9 bilhões em 2014, atingiu R$ 15,67 bilhões em 2015 e de lá para cá ele vem caindo em queda livre. Em 2021, foi R$ 5,5 bilhões e em 2023, está previsto em R$ 3,9 bilhões.

O  observatório ainda aponta que desde 2014 houve cortes da ordem de R$ 83 bilhões no orçamento do conhecimento. As perdas podem alcançar R$ 100 bilhões em 2022. "O nosso grande desafio é salvar da educação pública e avançar no sistema de cotas nas universidades, garantindo a permanência para que os estudantes cotistas concluam os cursos e as pesquisas", completa Zeca Dirceu.

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