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17/08/10 11:37

Brasileiros vão bater recorde de gastos no Natal 2010: R$ 98 bilhões

Os brasileiros devem gastar R$ 98 bilhões neste Natal. É a maior cifra registrada em dezembro e R$ 5,2 bilhões a mais do que foi desembolsado em 2009, segundo projeções da consultoria MB Associados. Para atender ao aumento de vendas, indústrias que usam insumos importados e redes varejistas que também se abastecem no exterior ampliaram em até 60% as encomendas desses itens em relação a 2009. Aumento da renda, do emprego formal e do crédito sustentam o otimismo da indústria e do comércio em relação ao consumo de fim de ano. ‘‘Como a política monetária não será tão contracionista, teremos crescimento importante do varejo no fim do ano’’, afirma Sergio Vale, economista chefe da MB Associados. Ele fez os cálculos e considerou o crescimento real das vendas do varejo ampliado, que inclui, além de roupas, eletrodomésticos e eletroeletrônicos, veículos, motos, partes e peças e materiais de construção. O crescimento é real e desconta a inflação projetada para o período. Da Agência Estado

Os brasileiros devem gastar R$ 98 bilhões neste Natal. É a maior cifra registrada em dezembro e R$ 5,2 bilhões a mais do que foi desembolsado em 2009, segundo projeções da consultoria MB Associados. Para atender ao aumento de vendas, indústrias que usam insumos importados e redes varejistas que também se abastecem no exterior ampliaram em até 60% as encomendas desses itens em relação a 2009.

Aumento da renda, do emprego formal e do crédito sustentam o otimismo da indústria e do comércio em relação ao consumo de fim de ano. ‘‘Como a política monetária não será tão contracionista, teremos crescimento importante do varejo no fim do ano’’, afirma Sergio Vale, economista chefe da MB Associados.

 Ele fez os cálculos e considerou o crescimento real das vendas do varejo ampliado, que inclui, além de roupas, eletrodomésticos e eletroeletrônicos, veículos, motos, partes e peças e materiais de construção. O crescimento é real e desconta a inflação projetada para o período.

 Vale pondera que, como o Natal de 2009 foi muito bom e, portanto, a base de comparação é forte, a taxa de crescimento projetada para dezembro deste ano é menor (5,5%) que a registrada no ano passado (14%). Em 2009 o quadro era exatamente o oposto porque dezembro de 2008 foi o Natal da crise e a base de comparação era muito fraca.

Segundo o economista, apesar do crescimento moderado de curto prazo da atividade em razão da política monetária, a perspectiva positiva de longo prazo deve estimular as compras do consumidor que está com menos receio de perder o emprego e, portanto, mais propenso a comprar a prazo.

Pedidos

Os pedidos das redes varejistas para o Natal começam a chegar aos fabricantes nacionais só a partir do mês que vem. Mas, por questões de logística e prazos, a indústria e o comércio já fecharam as compras de matérias-primas e itens importados.

Os clientes da Sertrading, uma das grandes empresas de comércio exterior, ampliaram, por exemplo, entre 60% e 70% as compras de bens de consumo e matérias-primas importadas para o período setembro a dezembro em relação ao último quadrimestre de 2009. No Natal de 2009, as importações desses itens tinham crescido entre 20% e 25%. ‘‘O aumento do consumo e da renda sustentam essa ampliação’’, afirma o presidente da companhia, Alfredo de Goeye.

A Comexport, maior importadora de produtos têxteis, é outra trading que confirma a expectativa do comércio e da indústria de crescimento robusto para o Natal. Entre tecidos e confecções, as importações para este fim de ano cresceram 20% em volume. Basílio Jafet, diretor da companhia, acrescenta outro indicador que ratifica o cenário favorável da atividade. ‘‘As compras de matérias-primas petroquímicas usadas em embalagens plásticas são 20% maiores em volume na comparação com 2009’’, diz o executivo. Ele ressalta que esse é um bom indicador antecedente do movimento do varejo.

Diante do mercado interno aquecido, o vice-presidente executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, ampliou em 10% as projeções de importações para o ano, de US$ 158,5 bilhões para US$ 174,5 bilhões. Só para o terceiro trimestre, que é o pico das encomendas do Natal, ele projeta que as compras externas vão somar US$ 50 bilhões, cifra 45% maior em relação a igual período de 2009.

‘‘A taxa de câmbio está estimulando as importações’’, afirma Castro. Na sexta-feita, o dólar valia R$ 1,772, com queda 3,28% em relação a um ano atrás (R$1,832). Ele observa que, entre as categorias de produtos, excluindo combustíveis e lubrificantes, as importações de bens de consumo neste ano vão registrar a maior taxa de crescimento em relação ao ano anterior: 39,8%. No primeiro semestre, usando os mesmo critérios de comparação, houve uma ampliação 49,4% nas compras externas de bens de consumo, com aumento de 28,8% nos bens não duráveis e de 69,5% nos bens duráveis, puxados pelo acréscimo de 72,3% nas importações de automóveis.

 
Márcia De Chiara
Agência Estado

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