Os produtores rurais da região Noroeste estão em uma nova fase. Antes, 16 empresários de Loanda competiam entre si, mas depois que se uniram viram o projeto crescer. Eles formaram a Associação das Indústrias de Metais Sanitários de Loanda e Região (Aimes) com a intenção de coordenar os trabalhos de um arranjo produtivo local (APL).
A ideia era fazer com que, juntas, as empresas conseguissem capacitar a mão de obra, melhorar produtos e buscar novos mercados. Os resultados nesses cinco anos são invejáveis. A produção na cidade praticamente dobrou, passando de 9,6 milhões de peças em 2006 para mais de 17 milhões em 2009.
E o volume deve crescer outros 5% neste ano. O APL hoje reúne 62 fábricas de Loanda e região, faz os primeiros investimentos em inovação e se prepara para erguer o Centro Vocacional Tecnológico, que capacitará pessoas para suprir uma demanda por mão de obra que é uma dor de cabeça para os empresários.
Isso porque as fábricas de torneiras da cidade, que empregam quase 3 mil pessoas, ou 20% da força de trabalho do município, abrem 300 postos de trabalho por ano. Os treinamentos viabilizados através do APL não ficam restritos aos trabalhadores.
Os próprios empresários fizeram cursos sobre gestão e tiveram a chance de conhecer fábricas na Itália em uma missão empresarial que mudou o jeito de pensar dentro do arranjo. Itens como design e inovação entraram de vez na pauta e passaram a ser trabalhados com as parcerias que o APL viabiliza com instituições como o Senai, Sebrae e a Universidade Estadual de Maringá (UEM).
A organização das empresas em APLs teve inspiração em regiões industriais da Itália onde pequenas e médias empresas se organizam para conquistar vantagens competitivas. Muitas delas se tornam exportadoras e líderes de inovação em seus setores. No Brasil, a ideia vem sendo articulada por governos, entidades empresariais, como a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), e órgãos de apoio, como o Sebrae e a Finep.