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Enquanto as mortes aumentam, médicos cubanos continuam esperando contratação
O deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) enviou o Requerimento de Informação 938/2020 ao Ministério da Saúde cobrando esclarecimentos do ministro interino, general Eduardo Pazuello, sobre o dispositivo aprovado pelo Congresso Nacional, que garante a reincorporação de médicos cubanos ao Programa Mais Médicos.
O documento, protocolado pelo parlamentar, afirma que o Brasil enfrenta a pior crise sanitária da história e que faltam profissionais nas unidades de saúde, especialmente no interior do país.
Ao anunciar a reincorporação dos médicos cubanos, em março de 2020, o Ministério da Saúde afirmou que convocaria cerca de 2 mil profissionais que já atuavam no programa para reforçar o combate à pandemia da Covid-19 em postos de saúde, porém, passados cinco meses da convocação esses médicos continuam aguardando serem incorporados.
Segundo o deputado Zeca Dirceu, os motivos não estão claros para tanta demora na publicação do cronograma de chamadas desses profissionais. “A população aguarda por profissionais de saúde para o atendimento de suas necessidades básicas. Não é possível que esses profissionais continuem com a incerteza se terão trabalho ou não. Eles já estão no Brasil, vivendo em uma situação precária por não poderem exercer seu ofício”, afirma.
Ainda segundo o requerimento, o parlamentar pede que o cronograma seja publicado imediatamente e que o ministério apresente um planejamento de contratação dos profissionais médicos cubanos intercambistas, com prazos definidos.
Das vagas
Das 5.811 vagas disponibilizadas pelo Ministério da Saúde, 44,5% (2.588) são para as capitais (perfil 3). Outras 688 (11,84%) estão nos municípios de perfil 1; 649 vagas (11,17%) se encontram no perfil 2; 356 (6,13%) estão em municípios de perfil 4; 352 (6,06%) fazem parte do perfil 5; 271 (4,66%) estão no perfil 6; 870 (14,97%) no perfil 7, classificadas como regiões de extrema pobreza; e 37 (0,64%) vagas são para o perfil 8 (DSEI).
A numeração dos perfis indica a ordem decrescente de vulnerabilidade dos municípios, sendo o perfil 8 de maior vulnerabilidade e o perfil 1 de menor vulnerabilidade.